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Itália reergue-se após novos terremotos

Há dois dias e dois meses de um terremoto ter abalado o centro da Itália, as regiões Le Marche e Umbria foram novamente atingidas por três fortes tremores de terra. O primeiro de 5,4 graus, às 19h10, com epicentro nos Montes Sibilini. O segundo, de 5,9 graus, às 21h18, com epicentros nas localidades de Castelsantangelo sul Nera, Visso, Ussita e Preci. E o último, registrado às 23h42, com magnitude de 4,6, na mesma zona precedente.

A proteção Civil de Marche informou, no início da madrugada, a existência de uma centena de feridos. Um senhor de 73 anos faleceu após sofrer um infarto, presumivelmente por causa do choque provocado pelo terremoto. Pessoas foram evacuadas de hospitais em Tolentino, Matelica e Cingoli.

Segundo os sismógrafos do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália, nas quatro horas sucessivas ao primeiro tremor, foram registrados na mesma zona outros 60 pequenos tremores. 

Visso, uma das cidades atingidas, fica a cerca de 80 km de Amatrice, onde um terremoto de magnitude 6,2 deixou mais de 250 mortos em 24 de agosto passado. Geólogos avaliam a hipótese de uma sequencia sísmica, com a ativação de uma nova falha, ligada àquela gerada pelo tremor de agosto.

Ussita está entre as mais atingidas. O prefeito local, Giuliano Rinaldi, disse que a cidade está destruída. “Caíram as paredes das casas, a nossa cidade está destruída. Caiu também um lado da igreja, o terreno rachou. O bairro de Casali não está mais acessível”. Rinaldi classificou o terremoto como “fortíssimo, apocalíptico”. 

Os dois tremores foram sentidos também em Roma, fazendo com que muitas pessoas abandonassem seus escritórios e domicílios.