UIL

O Fausto e o Iludido

O Jornal Corriere della Sera (junto com La Repubblica os jornais mais lidos e prestigiados na Itália) publicou em sua edição de 06/01/2016 matéria, de Renato Benedetto, com o título: “Camera, lo strano caso del gruppo sudamericano con una sola emigrata”. Quem lê este artigo vai realmente achar estranho, especialmente porque o novo grupo que nasce na Câmara dos Deputados Italiana, sob a sigla USEI (Unione Sudamericana Emigrati Italiani), tem como membros Renata Bueno, que todos nós conhecemos bem e única eleita com a sigla de Sangregorio na América do Sul, motivo da possibilidade de ser constituído o grupo, até mesmo com 3 parlamentares, mas também Nello Formisano e Gullermo Vaccaro – da Região Campania, Eugenia Roccella e Vincenzo Piso – da Região Lazio, que de emigrados nada tem, como bem destacado pelo artigo.

De acordo com o mesmo Benetto, os objetivos apontados pelos novos membros são: evidenciar a contribuição dos italianos no exterior, lealdade ao Governo Renzi e seus “princípios laicos e progressistas” segundo Renata Bueno; já Vaccaro, que deixou o PD, justifica o contrário, dizendo que quer desligar-se da fidelidade absoluta ao governo. O mesmo ocorre com Roccella e Piso que, eleitos pelo PDL, passaram ao NCD de Alfano e o deixam agora, justamente por ser muito subalterno a Renzi. Por sua vez Formisano, sendo mais prático, alega que, estando no Grupo Misto não se tem nenhuma voz no Parlamento e que o novo grupo que adere é apenas técnico, sem “identidade política”. Então o placar é de 1 parlamentar que nunca foi aceita pelo PD no Brasil – tendo sido inclusive expressamente desautorizada a fazê-lo pelo seu responsável Andrea Lanzi na famosa carta de 2013 – se dizendo leal ao Governo Renzi, mesmo tendo sido eleita pela lista USEI de Sangregorio, um ativista de direita; 2 oriundos do PDL/NDC e 2 do próprio PD, que se desligam porque não pretenderem manter a fidelidade absoluta ao partido de Renzi. Um grupo muito pouco homogêneo, portanto. 

Resta, então, entender quais seriam os reais interesses, além das razões técnicas: possibilidade de ter espaço físico em Montecitorio, equipamentos e acesso às contribuições financeiras do governo italiano, justamente para a manutenção política das cadeiras já conquistadas, as viagens necessárias pelo mundo para fazer propaganda e, evidentemente, “patrolar” a estrada para as próximas eleições que se avizinham. Bingo!

Se fizermos uma pequena revisão da trajetória, propostas concretas e posições políticas de nossos representantes brasileiros no Parlamento Italiano (já tratamos da taxa de Eu$ 300,00, ideia do On. Fabio Porta, que virou lei por proposta, pasmem, de um Senador Trentino, sua grande obra até o momento e o seu colega do PSI, Senador Fausto Longo, que ainda está aprendendo a falar italiano e teve a brilhante ideia de propor a instituição de um “imposto sobre a cidadania” a todos os italianos que residem fora da Itália), vemos que estas novidades não têm nada de “anormal”, razão do título que apresentamos: O Fausto: Renata Bueno é filha de Rubens Bueno (Deputado Federal e Secretário do PPS em Brasília), que todos conhecem na Itália, mais pelas opiniões sobre o IOR e o Vatileaks, foi casada, mais de uma vez, com Juliano Borghetti (bastante presente nas páginas policiais dos jornais recentemente), que é irmão de Cida Borghetti, que é Vice-Governadora do Estado do Paraná, Conselheira do Comites, recém-eleita na lista Passione Italia capitaneada pela Deputada Bueno. Cida, por sua vez, é casada com Ricardo Barros, Deputado Federal, aliado do Governo Dilma do PT, Pres. do Grupo Parlamentar Brasil-Itália em Brasília, sendo ambos pais de Maria Victoria, recém-eleita deputada estadual aqui no Paraná e leal ao Governo do Estado, o menos popular do país, 13º entre os 13 avaliados em recente enquete da Paraná Pesquisas. Tudo isso muito correto e legítimo, com resultados obtidos nas urnas, com alguns incômodos nas prestações de contas, mas nada que se compare à Lava-Jato. 

Uma eleição tranqüila para quem tem esta estrutura toda aqui nas Américas, portas abertas desde as embaixadas em Brasília até o diretório municipal de Nova Veneza-SC, aonde eu mesmo ouvi a Candidata a Deputado Renata Bueno prometer em praça pública um Consulado Italiano para SC, sob os aplausos de muitos parlamentares daquele estado, inclusive o Pres. da ALESC. Mas é preciso avançar para o continente europeu, de onde foi primeiramente importada a expressão do “fausto”, aquele que vive na riqueza e prosperidade, com muitas viagens e fotos, devidamente ovacionado pelo séquito dos atuais e milhares de futuros eleitores, quando a fila acabar, como está sendo reiteradamente prometido para todos os tranqüilos enfileirados. 

Já os iludidos, que acreditam em sonhos bons, fotografias e mentiras somos nós todos, aqui preocupados em ajudar a quem precisa de apoio, mesmo que seja para saber para que ano está prevista a chamada para o acesso à dupla cidadania. Você pretende continuar sendo iludido ou acha que está na hora de buscar as verdades deste mundo?

Nota: Fausto, além do nome do nosso Senador, é um termo para fazer referência à corte portuguesa devido à aparente riqueza e prosperidade com que viviam em determinado período da sua permanência no Brasil. As luxuosas festas, os desfiles pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro, o vestuário e as jóias ostentadas pelas mulheres e todo o aparato em torno da realeza eram vistos com fascínio pelos brasileiros. Sabe-se que praticamente todo o fausto da corte era suportado por donativos de ricos comerciantes brasileiros.

Avv. Luis Molossi

Membro do COMITES PR/SC

Primeiro Suplente na Câmara dos Deputados pelo MAIE

Il Fausto e l’illuso

A riguardo dei nostri rappresentanti nel Parlamento Italiano e le loro opere.
 
Il Corriere della Sera (uno dei giornali più letti e prestigiosi in Italia insieme a La Repubblica) ha pubblicato nella sua edizione del 06/01/2016 il seguente articolo di Renato Benedetto: “Camera, lo strano caso del gruppo sudamericano con una sola emigrata”. Chi legge questo articolo sicuramente penserà strano, soprattutto perché un nuovo gruppo che nasce nella Camera dei Deputati, sotto la sigla USEI (Unione Sudamericana Emigrati Italiani), ha come membri Renata Bueno, che tutti conosciamo bene e unica eletta con il partito di Sangregorio in Sud America, motivo appunto per la possibilità di costituire un gruppo  anche con il numero minimo di 3 membri, Nello Formisano e Gullermo Vaccaro, della Regione Campania, Eugenia Roccella e Vincenzo Piso della Regione Lazio, che non hanno nulla di emigrati, cosi come sottolineato nell’articolo.
 
D’accordo con lo stesso Benedetto, gli obiettivi indicati dai nuovi membri sono: evidenziare il contributo degli italiani all’estero, fiducia al governo Renzi e ai suoi “principi laici e progressisti” secondo Renata Bueno; ma già Vaccaro, che ha abbandonato il PD, afferma il contrario dicendo che vuole allontanarsi dalla fiducia assoluta del Governo. Lo stesso accade con Roccella e Piso che, eletti nel PDL, sono passati a NCD di Alfano e a sua volta abbandonato per essere  giustamente il subalterno di Renzi. Palmisano, essendo più pratico, afferma che,  stando nel gruppo Misto non si ha nessuna voce in Parlamento e che il nuovo gruppo è prettamente tecnico, senza “identità politica”. Dunque il risultato è: una parlamentare che non è mai stata accettata dal PD in Brasile, essendo stata espressamente non autorizzata dal responsabile Andrea Lanzi nella famosa lettera del 2013, che si dice fedele al Governo Renzi, anche se eletta nella lista Usei di Sangregorio, attivista di destra; due oriundi del PDL/NCD,  2 del Proprio PD che si sono allontanati perché non vogliono far parte della maggioranza assoluta del partito di Renzi. Dunque, in definitiva, un gruppo molto poco omogeneo.
 
Bisogna dunque capire i motivi, aldilà di quelli tecnici: possibilità di avere uno spazio a Montecitorio, accesso a contributi finanziari del governo italiano, giustamente per la manutenzione politica delle poltrone già conquistate, i viaggi necessari per il mondo per fare propaganda e evidentemente per asfaltare la strada per le ormai prossime elezioni. BINGO!
 
Se facessimo una piccola revisione del percorso, delle proposte concrete e delle posizioni politiche dei nostri rappresentanti brasiliani nel Parlamento Italiano (già abbiamo trattato la questione della tassa di 300 €, idea dell’On Fabio Porta che diventa legge per proposta, incredibile, da un Senatore Trentino, sua grande opera fino ad ora e del suo collega del Psi, Senatore Fausto Longo che ancora sta imparando a parlare italiano e ha avuto la brillante idea di proporre un “imposto sulla cittadinanza” a tutti gli italiani che vivono fuori dall´Italia), vedremo che questa novità non ha nulla di anormale, motivo del titolo che presentiamo: Il Fausto. Renata Bueno è figlia di Rubens Bueno (Deputato Federale e Segretario del PPS a Brasilia), che tutti conoscono in Italia, molto più a causa delle opinioni sul IOR e il Vatileaks, è stata sposata, più di una volta, con Juliano Borghetti (recentemente abbastanza  presente nelle pagine gialle dei giornali), che è fratello di Cida Borghetti che è Vice Governatore dello Stato del Paranà, Consigliere del COMITES recentemente eletta nella lista Passione Italia capitanata dalla Deputata Renata Bueno. Cida, a sua volta, è sposata con Ricardo Barros, Deputato Federale, alleato del Governo Dilma del PT, Presidente del Gruppo Parlamentare Brasile-Italia in Brasilia, e essendo entrambi i genitori di Maria Victoria recentemente eletta deputata statale qui nel Paranà e fedele al Governo dello Stato, il meno popolare degli stati, 13° su 13 valutati in un recente sondaggio del Paranà Ricerche. Tutto questo in maniera molto legittima e corretta, con risultati ottenuti dalle urne, con qualche disturbo nella rendicontazione dei conti, ma nulla paragonabile all´operazione Lava-Jato.
 
Una elezione tranquilla per chi ha tutta questa struttura  qui nelle Americhe, porte aperte a partire dalle Ambasciate a Brasilia fino a direzione municipale di Nova Veneza-Sc, dove io stesso ho sentito la candidata a Deputato Renata Bueno promettere, in pubblica piazza, un Consolato Italiano per Santa Catarina, sotto gli applausi di molti parlamentari di quello stato, incluso il presidente dell’ALESC nel 2013. Ma è necessario andare nel continente europeo da dove è stata importata l’espressione di “fausto”, colui che vive nella ricchezza e nella prosperità, con molti viaggi e foto, giustamente riempito di ovazioni dal seguito di attuali e futuri elettori, quando la fila finirà come è continuamente  promesso a tutte le persone in lista di attesa.
 
Già, gli illusi  che credono ai bei sogni, alle fotografie e alle bugie siamo tutti noi, preoccupati ad aiutare chi ha bisogno di appoggio, anche solo per sapere quando sarà prevista la chiamata per ottenere la cittadinanza italiana. Tu vuoi continuare  a essere illuso o pensi che sia giunta l’ora di cercare le verità di questo mondo?
 
NOTA: Fausto, oltre ad essere il nome del nostro senatore, è un termine che fa riferimento alla corte portoghese dovuto all’apparente ricchezza e prosperità in cui viveva in un determinato periodo della sua permanenza in Brasile. Le feste lussuose, le sfilate per le vie di Rio de Janeiro, gli abiti e i gioielli ostentati dalle donne e tutti il resto erano visti con fascino dai brasiliani. Si sa che praticamente tutto il fasto della corte era supportato dalle donazioni dei ricchi commercianti brasiliani.
 
Avv. Luis Molossi 
Membro del COMITES PR/SC
Primo non eletto alla Camera nella lista MAIE