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Ator Marlon Brando morre nos EUA aos 80 anos

O ator americano Marlon Brando morreu aos 80 anos de idade. O anúncio da morte de Brando foi feito em emissoras de TV americanas nesta sexta-feira. De acordo com o advogado do ator, Brando morreu em um hospital de Los Angeles.

 

Brando tinha saúde frágil, estava em uma cadeira de rodas e, desde o começo do ano, respirava com ajuda de aparelhos.

 

Considerado um dos maiores e mais influentes astros de sua geração, Brando venceu duas vezes o Oscar de melhor ator.

 

A primeira foi pelo filme Sindicato de Ladrões, de Elia Kazan, em 1954. A segunda, por O Poderoso Chefão, de Francis Coppola, em 1972, no qual interpretou um de seus papéis mais célebres - Vito Corleone, o patriarca de uma família mafiosa.

 

O ator causou polêmica ao não aceitar o Oscar por O Poderoso Chefão, em protesto ao tratamento dado aos indígenas americanos por Hollywood. Ele enviou em seu lugar uma atriz que se fez passar por indígena.

 

Método

 

O ator começou a chamar a atenção da crítica ainda no início de sua carreira, com seu estilo de interpretação naturalista, baseado no método Stanislavsky.

Seu primeiro papel nos cinemas foi em Espíritos Indômitos, de 1950, no qual interpretava um paraplégico

 

Para viver o papel, o ator, então com 26 anos, teria passado um mês de cama em um hospital de veteranos de guerra.

 

Brando também atuou em outros célebres filmes, como O Último Tango em Paris, Apocalypse Now, Júlio César e Os Pecados de Todos Nós.

 

Recluso

 

A partir da segunda metade da década de 70, as aparições de Brando nas telas passaram a ser cada vez mais raras e o astro se tornou um recluso.

 

O ator engordou muito e começou a rejeitar papéis em filmes importantes, como Lawrence da Arábia e Butch Cassidy e Sundance Kid.

 

Quando atuou em Apocalypse Now, de Francis Coppola, o diretor foi obrigado a sempre registrar imagens de Brando em meio a sombras, porque o ator estava muito acima de seu peso.

 

Além de ganhar fama por seus filmes e atitudes excêntricas, Brando ainda se destacou por suas posições políticas, em defesa dos direitos dos índios americanos e das liberdades civis nos Estados Unidos.

 

Vida conturbada

 

Nos últimos anos, ele recebeu mais destaque por sua vida pessoal do que por seus papéis.

 

Em 1991, seu filho Christian foi condenado a cinco anos de prisão após ter admitido matar o namorado de sua meia-irmã, Cheyenne, também filha de Brando.

 

Cheyenne, que era viciada em drogas, cometeu suicído quatro anos mais tarde.

 

Recentemente, uma empregada que havia sido amante do ator processou-o, exigindo US$ 100 milhões para manter os três filhos que teria tido com ele.