UIL

Cannes: dois italianos, um argentino, nenhum brasileiro

Embora turvado pelo frisson da apresentação do Código da Vinci, o Festival de Cinema de Cannes, que iniciou na última  quarta-feira  (17) exatamente com a exibição da sensação do momento, terá dois filmes italianos concorrendo à famosa Palma de Ouro: Il Caimano, de Nanni Moretti, uma sátira ao ex-ministro Silvio Berlusconi, e   L'amico di famiglia, de Paolo Sorrentino, com a bela Laura  Chiatti, que interpreta uma jovem que tem uma história de amor com um homem sexagenário.

Outra participação italiana é na seção Un Certain Regard, com Il regista di matrimoni, de, Marco Bellocchio. Volevo solo vivere, de Mimmo Calopresti, e Ciao Marcello (dedicado a Marcelo Mastroianni, nos 10 anos de sua morte) dos documentaristas Mario Canale e Annarosa Morri, na seção Cannes Classic.

As possibilidades dos filmes italianos dividem as opiniões entre os críticos do país. Nanni Moretti pode inclusive repetir a façanha que o levou a conquistar a Palma de Ouro em 2001, com La Stanza del Figlio. Na verdade, Cannes ama Moretti, mas como em qualquer outro, o mais importante festival de cinema da Europa tem meandros e interesses que, muitas vezes, não são focados nas produções que efetivamente deveriam vencer.

O Brasil, desta vez, não figura com nenhum filme entre os selecionados. A Argentina, com Crônica de uma Fuga – Buenos Aires 1977, de  Israel Adrián Caetano, representa a América Latina. O festival de Cannes termina no próximo dia 28.