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Universidade de Turim: Vitamina D pode reduzir o contágio por covid-19

Os primeiros dados coletados indicam que pacientes hospitalizados têm uma prevalência muito alta de hipovitaminose D.

Cientistas da Universidade de Turim recomendam tomar vitamina D para combater a pandemia de coronavírus. O estudo dos professores de Geriatria, Giancarlo Isaia, e de Histologia, Enzo Medico, foi submetido aos membros da Academia de Medicina de Turim, que consideraram os primeiros resultados "muito interessantes". O documento analisa as possíveis causas do contágio do Covid-19 e propõe a vitamina D, certamente, não como uma cura, mas como uma ferramenta para reduzir os fatores de risco. A informação foi noticiada, na última quinta-feira (26), por diferentes veículos da imprensa italiana.

Alguns alimentos, especialmente peixes, são fontes da vitamina, mas é o sol o responsável por 80 a 90% da vitamina que o corpo recebe.

Os primeiros dados preliminares coletados, atualmente, em Turim, indicam que os pacientes hospitalizados por Covid-19 têm uma prevalência muito alta de hipovitaminose D. "A compensação por essa ampla deficiência de vitamina pode ser alcançada, principalmente, expondo-a à luz do sol, tanto quanto possível, mesmo em varandas e terraços, nutrindo-se de alimentos ricos em vitamina D e, sob supervisão médica, tomando medicamentos específicos", afirmam os pesquisadores.

A análise, desenvolvida por recomendação da Associação Dietética Britânica, investigou o papel que a falta de vitamina D poderia desempenhar, o que na Itália afeta grande parte da população, principalmente os idosos, nessa pandemia. 

Níveis adequados seriam terapêuticos para pessoas já infectadas, seus familiares, pessoal de saúde e idosos frágeis

No documento, os autores sugerem aos médicos, em associação com as conhecidas medidas gerais de prevenção, garantir níveis adequados de vitamina D na população, “mas, sobretudo naqueles já infectados, em seus familiares, nos profissionais de saúde, em idosos frágeis, nos hóspedes das residências assistenciais, nas pessoas em regime de clausura e em todos aqueles que, por várias razões, não se expõem adequadamente à luz do sol". Além disso, a administração da forma ativa da vitamina D também pode ser considerada.

"Essas indicações derivam de inúmeras evidências científicas - escrevem os professores - que demonstraram um papel ativo da vitamina D, na modulação do sistema imunológico, a associação frequente da hipovitaminose D com inúmeras patologias crônicas que podem reduzir a expectativa de vida em idosos, ainda mais no caso da infecção por Covid-19, um efeito da vitamina D na redução do risco de infecções respiratórias de origem viral, incluindo as causadas por coronavírus, e a capacidade da vitamina D de neutralizar os danos nos pulmões causados pela hiper-inflamação ".

Giancarlo Isaia é formado em medicina e cirurgia em 1972, é especialista em endocrinologia, medicina interna e medicina nuclear. De 1973 a 1974, foi assistente extraordinário do Departamento de Emergência em Medicina do Hospital Molinette, em Turim.

Enzo Medico se formou em medicina pela Universidade de Turim, em 1989, onde também se especializou em patologia clínica em 1996. Obteve um doutorado em Biologia Celular e do Desenvolvimento pela Universidade "La Sapienza" de Romam, em 1994. (Redação www.oriundi.net com informações do jornal La Repubblica)