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Descoberto suposto local de milagre de Jesus

Arqueólogos desenterraram em Jerusalém uma área calçada e um canal de água num local onde está a piscina que, para alguns cristãos, foi onde Jesus restabeleceu a visão de um cego.

A descoberta, divulgada nesta quinta-feira pela agência isralense que cuida da herança arqueológica na região, permite aos especialistas construir uma imagem mais clara de como pode ter sido a Piscina de Siloé há aproximadamente 2.000 anos -- sugerindo que ela era mais usada para rituais de imersão do que apenas um tanque, como alguns pensavam. "Escavamos o lugar e o datamos de forma muita acurada, com (a ajuda de) moedas encontradas na argamassa usada na construção da piscina", disse à Reuters Roni Reich da Universidade de Haffa, um dos principais arqueólogos envolvidos no trabalho. "Ainda bem que podemos continuar as escavações." As moedas mais antigas encontradas são de meados do século anterior ao do nascimento de Jesus.

Um amplo lance de escadas foi descoberto, o que acabou levando em direção ao local. Um estreito canal leva água por meio de pedras coloridas.

A Piscina de Siloé é mencionada no Novo Testamento da Bíblia como o local onde Jesus realizou o milagre de dar a visão a um homem que era cego de nascença -- primeiro cobrindo seus olhos com barro e dizendo a ele que se lavasse na piscina.

"Ele foi, se lavou e passou a enxergar", diz o Livro de João, no Novo Testamento.

A piscina, que vem sendo alvo de pesquisas de o século 19, também é citada por fontes históricas judaicas como um lugar onde a água é considerada ritualisticamente pura para ser usada em cerimônias.

Depois de que o Islamismo chegou à Terra Santa, imagina-se que a piscina tenha se mantido em uso para banhos e suas águas eram tidas por alguns como capazes de realizar curas.

O lugar está perto da Cidade Velha de Jerusalém, num território ocupado por Israel durante a guerra de 1967 e então anexada, num movimento não reconhecido internacionalmente.