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Em Auschwtz, Papa pergunta onde estava Deus e por que tolerou o triunfo do mal

Ao visitar, na tarde deste domingo (28) o campo de concentração de Auschwtz, na Polônia, afirmou que em um lugar como aquele não cabem palavras, mas só um silêncio, um silêncio que é um grito interior a Deus, para perguntar-lhe por calou-se Senhor, por que tolerou isso? Onde estava Deus nesses momentos, por que e como pode tolerar esse excesso de destruição, esse triunfo do mal?

Nessa atitude de silêncio, destacou Bento XVI, nos inclinamos frente a essa inumerável lista daqueles que sofreram e que foram assassinados; este silêncio se transforma em pedido, em voz alta, de perdão e reconciliação, um grito ao Deus vivo para que não permita nunca mais uma coisa similar.

Nós gritamos a Deus, afirmou ainda o Papa, para que os homens refletam, que reconheçam que a violência não cria a paz, só suscita mais violência, uma espiral de destruição em que, ao final, todos perdem. Bento XVI destacou classificou os nazistas como criminosos violentos que, com o extermínio de um povo, queriam assassinar ao Deus de Abraham: com a destruição de Israel queriam arrancar a raiz  da fé cristã.

O papa advertiu contra o abuso do nome de Deus para justificar a violência cega contra pessoas inocentes e contra o cinismo que não reconhece a Deus.