UIL

EUA: tiros contra jornalista foram um "acidente"

A jornalista italiana Giuliana Sgrena, ferida por disparos de soldados americanos após ser libertada do cativeiro no Iraque, foi vítima de um "acidente horrível" que será objeto de uma "completa investigação", destacou neste domingo a Casa Branca.

"Trata-se de um acidente horrível, sobre o qual o presidente (George W.) Bush telefonou pessoalmente para o primeiro-ministro (italiano) Silvio Berlusconi para prestar suas condolências e garantir que haverá uma investigação completa", disse o diretor de comunicação da Casa Branca, Dan Bartlett.

Sgrena foi ferida na noite de sexta-feira quando soldados americanos atiraram contra o automóvel que a levava para o Aeroporto de Bagdá. No incidente morreu um dos agentes secretos italianos encarregados de sua libertação.

"Em uma zona de combate, particularmente sobre esta estrada que leva ao aeroporto, onde ocorreram muitos ataques com carros-bomba, é preciso tomar decisões em fração de segundo. É muito importante conhecer os fatos antes de julgar", disse Bartlett.

O funcionario destacou que o "próprio presidente Bush exige um relatório completo" sobre as circunstâncias do incidente "e quer, evidentemente, compartilhar estas informações" com o governo italiano.

Neste domingo, Sgrena alimentou a suspeita de que o ataque contra o comboio foi deliberadamente dirigido a ela, ao lembrar que os Estados Unidos rejeitam as negociações com os seqüestradores.

No sábado, a jornalista negou as afirmações do Exército americano de que o automóvel foi atacado porque seguia em alta velocidade em direção a uma barreira militar.