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As linguagens do conflito: italianos analisam, no Brasil, o movimento de 68

Rio de Janeiro (ORIUNDI) - Ativistas do movimento de 68 na Europa – considerado o acontecimento revolucionário mais importante do século XX - estarão reunidos na Academia Brasileira de Letras, nesta terça-feira (28), a partir das 19h, em “As linguagens do conflito. 40 anos após 1968”. O encontro analisará os reflexos do movimento no Brasil e na Europa contemporâneos, tendo como debatedores o filósofo italiano Gianni Vattimo, o professor de Literatura italiana da UFRJ, Andrea Lombardi, além do pesquisador e professor  de Comunicação da USP, Massimo Di Felice, e de Yakuy Tupinambá, militante do Movimento Indígena Tupinambá. A realização é do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro (IIC), em colaboração com a Academia Brasileira de Letras (ABL) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Conheça os debatedores:

Gianni Vattimo

Um dos filósofos europeus que mais se destacam na atualidade, particularmente no debate sobre o tema do pós-moderno, e que desempenhou também um papel crítico e institucional ao exercer a função de deputado no Parlamento Europeu. Especialista em hermenêutica e defensor do pensamento pós-nietzscheano e pós-estruturalista, Vattimo é professor de filosofia da Universidade de Turim, onde se graduou e estudou com Hans-Georg Gadamer e Luigi Pareyson. Foi professor visitante das universidades americanas de Yale, Los Angeles, New York University, State University of New York. Recebeu o título de laurea honoris causa em diversas Instituições Acadêmicas de vários continentes. É membro de comitês científicos de várias revistas italianas e internacionais, editor da "Rivista di estetica", e membro da Academia de Ciências de Turim. Atualmente é vice-presidente da Academia de la Latinidade.

Andrea Lombardi

Docente de Literatura italiana na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)  e da Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (USP), ocupa-se do tema do exílio, da nostalgia e das migrações, no seu reflexo na literatura. Ensaísta e articulista, defende uma luta para uma nova forma de leitura, uma ética da leitura. Preso em maio de 1968, foi líder estudantil na Itália (Roma) e na Alemanha (Marburg an der Lahn).

Massimo Di Felice

Sociólogo pela Universita degli Studi de Roma “La Sapienza”, especialista em Teoria e Analisi Qualitativa nella Ricerca Sociale pela Universita degli Studi La Sapienza e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. É Professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, (ECA-USP), pesquisador  e teórico sobre as novas mídias. Coordena o grupo de pesquisa  Cepop Atopos - Centro de Pesquisa da Opinião Pública na Época Digital - que, entre outras atividades, organizou e realizou as duas edições do Seminário Mídias Nativas, com a participação de videomakers e produtores culturais indígenas da periferia (http://www.eca.usp.br/atopos/midiasnativas). É autor de diversos livros. Atualmente pesquisa as novas formas do habitar. 

Yakuy Tupinambá

Militante do Movimento Indígena Tupinambá e membro da liderança do cacicado da aldeia Tupinambá de Olivença (Ilhéus/Bahia). Autora de vários textos, publicados, entre outros, nas coletâneas Índios na visão dos índios, na rede indiosonline (http://www.indiosonline.org.br/) e em Indiografie (Costa & Nolan/Itália). Técnica em economia doméstica, é atualmente estudante de Direito na Universidade Federal da Bahia – UFBA. Yakuy é uma defensora de um pensamento indígeno, que tem despertado grande interesse para a tradição ocidental (da qual, paradoxalmente, representa a extrema continuidade).

Serviço:

As linguagens do conflito. 40 anos após 1968
Local: ABL - Teatro Rua Magalhães Jr. (Av. Presidente Wilson, 203 Castelo - Rio de Janeiro
Horário: 19h
Informações: (21) 3974. 2500
Entrada franca.