Palazzo del Quirinale, Roma

Eleições Itália 2022: Presidência da República

As eleições na Itália para a escolha do Presidente da República são realizadas a cada sete anos, com a reunião de um colégio eleitoral formado por 620 deputados, 321 senadores e 58 delegados das 20 regiões do país. O processo de votação pode ocorrer ao longo de vários dias, até que se alcance uma definição. A Itália, por se tratar de uma república parlamentar, possui o presidente da República, eleito pelos parlamentares, e o presidente do Conselho de Ministros, quem dirige de fato a política do país. 

O Parlamento da Itália irá iniciar, em sessão conjunta, nesta segunda-feira (24), a votação que definirá o próximo presidente da República, que irá substituir Sergio Mattarella, cujo mandato de sete anos se encerra no próximo dia 3 de fevereiro. O candidato vencedor precisará ter obtido dois terços dos 1009 votos (673), nos três primeiros escrutínios. Se o pleito chegar até a quarta votação, passa a ser necessária apenas a maioria simples (505). O objetivo da regra é buscar um nome de consenso para o cargo de Presidente da República.  A eleição mais longa para o Palazzo del Quirinale, sede oficial do mandatário, foi em 1971, quando foram necessários 23 escrutínios para a escolha do nome do advogado Giovanni Leone.

A votação em 2022 será realizada no máximo uma vez ao dia, devido à política sanitária adotada pelo país, e os eleitores serão chamados por faixa horária, seguindo sempre a mesma ordem: senadores vitalícios, senadores, deputados e delegados regionais. Será permitida a presença de no máximo 200 votantes por vez no plenário da Câmara dos Deputados, onde acontece a eleição. Depois da conclusão do procedimento eleitoral, os votos são lidos pelo presidente da Câmara, e o resultado é proclamado.

A Itália, por se tratar de uma república parlamentarista desde 1946, reserva ao seu presidente a função de chefe de Estado, o principal guardião da Constituição. Além disso, cabe a ele comandar o Conselho Supremo de Defesa, as Forças Armadas e o Conselho Superior da Magistratura, podendo dar clemência a condenados.