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O Castelo Estense de Ferrara

O Castelo Estense - Ferrara
Editora Beta Gamma
Folha de Rosto
A cargo de Marco Borella

Tradução: Maria Inez Kampmann

Índice                 

Introdução

A família D’Este em Ferrara     
A Fortaleza            
A Rocha do Leão   
O canteiro de Obras do Castelo  
A vida na fortaleza        
O Palácio da Corte       
O castelo de Hércules I       
O Castelo de Afonso I          
O Castelo de Hércules II      
Girolamo da Carpi        
O Castelo de Afonso II
O Castelo dos Cardeais        
Séculos XVII e XVIII        
Século XIX            
O Castelo de 1900 até hoje    
Os restauros de 1910 a 1930    
Os últimos restauros 

O percurso da visita -  Andar térreo

- As Prisões            
- As Salas Góticas        
- As Cozinhas do Duque     
- O Pátio da Honra      
            
Primeiro Andar

- O Jardim das Laranjeiras        
- Os Camarins Dourados ou de Alabastro   
- A saleta dos Bacanais de Afonso II   
- A Capela Ducal de Renata da França   
- O Aposento do Espelho           
- A Antecâmara do Governo           
- A Sala do Governo            
- A Sala da Devolução                 
- A Sala das Paisagens                
- A Sala das Geografias           
- O Salão dos Brasões           
- A Galeria dos Camarins       
- A Sala Comunal             
- A Saleta dos Venenos           

Fotografias - Arquivo da Província de Ferrara
Massimo Baraldi
Luca Gavagna – As imagens de Ferrara
Desenhos - Cristina Gilli
Revisão - Angela Ghinato    

Introdução

A família D’Este dominou Ferrara e seu território da segunda metade do século XIII até o ano de 1598, ano em que foram obrigados a entregar o controle da cidade ao governo direto do Estado da Igreja e aos cardeais designados representantes do Papa.
Naquele período, todos os Senhores e Duques D’Este haviam construído, por motivos militares, políticos e de capricho, uma rede interligada de construções, torres, fortalezas, casas de campo e edifícios na cidade que atualmente constitui um patrimônio de altíssimo valor histórico-cultural a ponto de merecer o reconhecimento da UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

Dentro desta série de monumentos, se destaca, no coração da cidade de Ferrara, o complexo que representou, por mais de dois séculos, a Residência Ducal. Mais do que apenas um edifício, trata-se de uma porção urbana edificada e articulada com múltiplas construções. Ao palácio que foi a primeira sede dos Este, defronte à Catedral e ladeado pelo amplo pátio que é hoje a Praça Municipal, somaram-se pouco a pouco no tempo outras construções. Essas acabaram por estender-se em uma ampla face que, de sul a norte, alcançava a esquina da rua Giovecca, a então Rocha do Leão. Entre todas as construções contidas no quarteirão Estense, o grande e monumental Castelo dominava e domina até hoje a cidade, com sua imponência, particularmente compacto e protegido; tanto que, na época, as contravenções cometidas dentro de seu perímetro eram punidas com o dobro da pena. Exibindo quatro potentes torres altas como campanários, formando um quadrilátero maciço de corpos de tijolos e pedras, o Castelo, todo circundado por um fosso, constitui hoje um raro exemplo arquitetônico e rica atração para os visitantes.
                                   
O viajante que se aproximava de Ferrara era confrontado com o fascínio e poder que o Castelo Estense emanava sobre a cidade e sobre todo o território ao redor. Aproximando-se de barco ou carruagem, mais do que de cavalo ou a pé, nesta terra eternamente contida pela água, o destaque massivo do Palácio Estense, que se avistava ao longe na vastidão da planície, acima das copas frondosas dos bosques, certamente devia incutir admiração e respeito.

Seiscentos anos de história estão hoje encerrados entre estas potentes cortinas de muros em um monumento que é o símbolo da cidade de Ferrara e de seu território: uma grandiosa realização que testemunha e conserva a memória do lugar e que paternalmente o domina, feito irrenunciável aos olhos de quem explora o panorama da planície ferrarense.   

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