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Quando a Virgem Maria parou a lava do Etna

O sacerdote sobe em uma pedra com a estátua da Virgem. O que acontece a seguir pode ser chamado de milagre.

Aconteceu em 6 de janeiro de 1865. Após a erupção do Etna, a lava descia em direção a Vena, (frazione de Piedimonte Etneo, na Província de Catania, na Sicília). Tudo estava perdido. O padre local escalou uma rocha com a estátua da Virgem e rezou intensamente à Beata Mãe.

Começou a soprar um vento furioso, como se quisesse atingir a Virgem, mas de repente tudo se acalmou. Verificou-se o milagre, algo, uma mão "onipotente", segurava a língua de lava, a grande força da natureza.

Santuario Madonna della Vena Foto: Vena Piedimonte etneo

Assim, recorda um escrito da época:

“Após uma erupção repentina, um imponente fluxo de lava, que começou nas montanhas de Sartorius, atinge o distrito de Giretto e ameaça a cidade de Vena, chegando a menos de um quilômetro do santuário. É impossível descrever o pânico e o medo que invadiram os habitantes de Vena. A esperança daqueles bons e fervorosos cristãos, porém, não falhou: recorreram à Virgem, a onipotente Mãe de Deus, e a carregaram em procissão até a lava que ameaçava de destruição e morte, não a Santa Ícone, mas um estátua de lenha da própria Madonna di Vena que era venerada no santuário, sobre a imagem da pintura de San Gregorio Magno.

O crepúsculo da noite desceu sobre a terra, e os reflexos avermelhados daquele rio imenso e incandescente formaram-se naquele trecho do céu, como um lago de sangue. O reverendo Cantone, que havia precedido seus fiéis, escalou uma rocha saliente, que servia de púlpito, e dali voltou a incitar, em meio aos soluços de seus fiéis, ao arrependimento e à oração confiante à Virgem.

De repente, um vento furioso se levanta e com enormes redemoinhos se arrasta sobre a lava em chamas até atingir a estátua da Virgem, avermelhando seu rosto. Um grito de piedade e misericórdia surge espontaneamente da multidão presente! Depois de alguns segundos a calma volta, e calmamente a lava, como se parada por uma mão onipotente e invisível, para. O prodígio, o grande e inegável prodígio, havia sido conquistado: os bons fiéis continuaram a ser donos de seus pequenos vinhedos e de suas casas. Essa estátua, desde então, passou a se chamar 'Madonna del Fuoco' (Nossa Senhora do Fogo)”.

É o que lemos nos atos históricos do Santuário de Santa Maria della Vena (Madonna della Vena), localizado em Vena, Piedimonte Etneo. Fonte: Aleteia – Leia aqui a matéria em italiano