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Museu Casa de Portinari comemora 40 anos

Fundada em 14 de março de 1970, a instituição comemora 4 décadas com exibição de vídeos, concurso cultural e uma noite de homenagens aos primeiros visitantes

No mês em que comemora 40 anos, o Museu Casa de Portinari, instituição da Secretaria de Estado da Cultura administrada em convênio com a ACAM Portinari, em Brodowski, realizará diversas atividades para homenagear seu patrono, o pintor Candido Portinari, filho de imigrantes italianos, e o seu público. Entre as ações programadas para este mês, os visitantes poderão conferir exibições de vídeos que propõem uma retrospectiva, por meio de fotos, desde a fundação do museu até os dias de hoje.

Para celebrar seu aniversário (14/03), o espaço cultural lançará três vídeos comemorativos em uma cerimônia para convidados que fizeram parte da história do museu. A primeira apresentação, que reúne imagens de 25 obras em que o pintor retratou sua casa de Brodowski e que mais tarde se tornaria o museu, será seguida da exibição de fotos do álbum de inauguração do espaço cultural e de imagens antigas e atuais de pessoas que participaram da cerimônia. Por último, será apresentada uma retrospectiva em vídeo das atividades realizadas pela instituição durante os 40 anos de funcionamento.

No evento, o museu também irá homenagear 35 figuras que estiveram presentes na inauguração e que até hoje têm algum envolvimento com o museu. Entre elas está Amélia Aparecida Sozzafave Franzoni, funcionária da instituição há 20 anos, e sobrinhos de Portinari.

Segundo a coordenadora do museu, Cristiane Maria Patrici, o museu resolveu homenagear seus visitantes, pois reconhece que o envolvimento da população é um dos fatores de seu desenvolvimento. “Esse será um momento de reflexão coletiva, em que poderemos verificar o crescimento do museu da década de 70 para cá. É uma realização muito grande fazer parte de uma história como essa”, acrescenta a coordenadora, que nasceu no ano em que o museu foi inaugurado e cresceu envolvida com a história da instituição.

Completando as comemorações, haverá também um concurso cultural em que os participantes concorrerão a prêmios por meio da elaboração de uma frase que celebre os 40 anos da instituição. Os autores das três melhores criações receberão o livro institucional

“Museu Casa de Portinari”, escrito por Jacob Klintowitz.

40 anos do Museu Casa de Portinari
Local: Museu Casa de Portinari (Praça Candido Portinari, nº 298, centro – Brodowski - SP)
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h
Informações:  (16) 3664-4284  (16) 3664-4284
Entrada: gratuita

Sobre Portinari

Cândido Portinari (1903 – 1962), nascido numa fazenda de café no interior de São Paulo, foi um dos mais bem sucedidos artistas nascidos no Brasil.

Segundo dos doze filhos de Baptista Portinari e Dominga Torquato, ambos italianos da região do Vêneto, Portinari consagrou-se como um pintor habilidoso e profícuo. Com cerca de cinco mil obras, alcançou uma projeção internacional igualada por poucos, e há quem diga, nenhum outro artista brasileiro. Menções honrosas e condecorações no exterior, como a Legião de Honra francesa, ou títulos como o Prêmio Guggenheim de Pintura, marcaram a extensa carreira artística do expoente da pintura.

No Brasil, o reconhecimento à contribuição de Portinari à arte não é menos desvelado. Além das homenagens em vida, o artista persiste no imaginário popular e na concretude de exposições e obras erigidas em seu nome, a exemplo do Museu Casa de Portinari, instalado na antiga residência do pintor, em sua terra natal, Brodowski, São Paulo. Na Internet, é possível conhecer a fundo sua história e o imenso acervo de quadros, expostos na forma de uma exposição virtual em www.portinari.org.br

A infância sofrida em meio à vida insalubre das lavouras, compartilhada com tantos outros imigrantes, deixou registros indeléveis na alma e no trabalho de Portinari. Em 1947, sabatinado pela Tribuna Popular, disse: “Desde menino tenho vivido o drama dos retirantes. Lembro-me da seca de 1925, as grandes levas, aquela miséria. Essas recordações, a que se acrescentam novos contatos com a gente aqui do interior de São Paulo, fazem os temas destes quadros. Como deixar de fixar aquilo que fez parte da minha vida, e a minha esperança de ver uma vida melhor para os homens que trabalham na terra?”.