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OIT defende mais respeito aos direitos dos trabalhadores migrantes no mundo

Agência da ONU conclui que a governança da migração laboral deveria reconhecer que a maior parte dos migrantes procura tabalho decente e por isso fornecer maiores oportunidades legais para mobilidade.

Um novo estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT, defende a necessidade da adoção de uma abordagem baseada no respeito dos direitos humanos para tratar com justiça e dignidade os 105 milhões de trabalhadores migrantes no mundo.

O documento foi publicado nesta quarta-feira (31)  em Genebra e examina as tendências da migração de trabalho internacional, o impacto nos países de origem e destino e as condições de trabalho dos migrantes.

Contribuição positiva

O estudo ressalta as contribuições positivas feitas pelos trabalhadores migrantes nos países onde vivem e nos de origem.

A OIT conclui que a governança da migração laboral deveria reconhecer que a maior parte dos migrantes procura trabalho decente, e por isso fornecer maiores oportunidades legais para mobilidade.

O coordenador do projeto de prevenção e enfrentamento do tráfico de pessoas da OIT no Brasil, Edilberto Sastres, disse à Rádio ONU, de Brasília, que os países tem a obrigação e o dever de criar políticas públicas que permitam a incorporação real dos trabalhadores migrantes.

Solução

"Essas pessoas, como todos nós, são seres humanos. Elas precisam de uma solução para as suas famílias, seus filhos e encontrarem possibilidades de sobrevivência dignas.

Trata-se de um problema comum a todos os países do planeta. Não se pode tratar essas pessoas como se fossem indesejáveis. São seres humanos que estão à procura de soluções reais para as suas vidas" afirmou.

O estudo faz um apelo também para a cooperação bilateral, multilateral e regional entre governos, parceiros sociais e outras partes associadas ao fenômeno da migração para melhorar a situação dos trabalhadores migrantes no mundo.(Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York)