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Prodi renuncia

Depois de 281 dias no poder, o primeiro-ministro italiano Romano Prodi apresentou sua renuncia ao cargo ao presidente Giorgio Napolitano, em encontro no início da noite desta  quarta-feira (21), horário local. A decisão foi tomada após o Senado da República não ter aprovado a sua proposta de política externa, que previa a manutenção das tropas italianas no Afeganistão. Antes da votação, perdida por dois votos, O  ministro das Relações Exteriores, Massimo D'Alema, já tinha afirmado que, caso fosse derrotado no Senado, o Governo iria "para casa.

O presidente Napolitano iniciará, a partir das 10h30min desta quinta-feira (22), as consultas para formar um novo Governo, mantendo interlocução com as lideranças de todos os partidos. Analistas políticos consideram possível que o presidente delegue a Prodi a incumbência de formar, e até liderar, o novo Gabinete, sem a participação do ministro do Exterior. A coalização de centro-esquerda já manifestou posição favorável a que o novo Governo continue tendo à frente Romano Prodi.

Já a oposição, liderada pelo ex-premier Silvio Berlusconi, trabalha pela realização antecipada de novas eleições. Inclusive houve manifestações em frente ao palácio Quirinale, sede da presidência da República, de jovens do partido Forza Itália reivindicação eleições gerais.

Apesar de proferir uma conferência de mais de uma hora, antes da votação no Senado, o ministro do Exterior não foi bem sucedido. Afinal, além da questão envolvendo a presença de forças italianas no Afeganistão, o Governo Prodi vinha se desgastando no âmbito de partidos aliados especialmente em razão de sua posição favorável à ampliação da base militar norte-americana em Vicenza.