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Obra de Mucci passa a integrar acervo do Museu de Arte do Parlamento de SP

Uma das obras daquele que é considerado um dos principais mosaicistas do Brasil, o pintor italiano Alfredo Mussi, deste a última semana passou a integrar o acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo. “O jagunço”, realizada em óleo sobre tela e datada de 1972, foi levado ao museu por Egidio Carlos Moretti, presidente do 21º Salão de Arte Pinheiros, representando o artista plástico Vagner Campanhan

Nascido na Itália, onde estudou pintura e mosaico, o artista transferiu-se para o Brasil em 1953. Dedicou-se à decoração mural, tendo idealizado e executado numerosos painéis a óleo e em mosaico especialmente no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Realizou exposições de pintura na Itália e no Brasil e suas obras figuram em coleções particulares da Europa, Estados Unidos e Brasil, com destaque no Museu de Arte de São Paulo, MASP e, a partir de agora, no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

Segundo diversos críticos de arte "Mucci compõe seus quadros em que predominam os coloridos terrosos. Nesse teor do colorido está também um dos motivos pelos quais a pintura de Mucci é quase triste, de uma melancolia vaga dispersa na atmosfera".  

 Mucci o autor do único livro publicado no Brasil sobre Mosaicos, lançado em 1962,  pela editora `Ao Livro Técnico`, do Rio de Janeiro, com o título de `Compêndio Histórico-técnico da arte musiva`.. A apresentação é de Ricardo Averini, professor de História da Arte da Universidade de Perugia, na Itália. Mucci  descreve no livro  a história do mosaico, analisa descobertas arqueológicas na Europa, além de referir-se a  mosaicistas  brasileiros.

Entre suas principais obras está o  revestimento interno da Igreja do Carmo , em Belo Horizonte, com  painéis da abside e do cor e, nas paredes laterais, as estações da Via Crucis.  Outro trabalho seu é a decoração interna da Igreja de Santa Rita de Cássia, em Extrema, no sul de Minas.