Corriere della Sera convoca greve em defesa da linha editorial do jornal
O Comitê de Redação do diário milanês Corriere della Sera decretou cinco dias de greve a partir deste domingo como "defesa" perante o que considera uma "ameaça" por parte de acionistas que querem condicionar a linha do jornal.
A edição deste sábado publica uma nota do Comitê de Redação na qual é anunciado que no domingo o jornal não será vendido, devido ao primeiro dos cinco dias de greve, aprovados em assembléia.
O protesto se deve ao movimento de empresários que tenta comprar ações da RCS, a editora do diário milanês, por considerar que a atual linha editorial do jornal tem feito os trabalhadores acreditarem em uma "ameaça externa crescente à qual a empresa não responde com uma capacidade de defesa".
Concretamente, os jornalistas mencionam o nome do empresário Stefano Ricucci que, "com absoluta falta de transparência, rastreia ações no mercado e alimenta a inquietação. Continua faltando a decisão dos proprietários da RCS de fazer o 'Corriere' inexpugnável e de assegurar seu patrimônio de jornal independente".
Considerada uma das publicações mais prestigiosas da Itália, o Corriere della Sera, fundado em 1876, também estaria sofrendo com a escassez de recursos materiais e humanos.
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