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Bachelet recebe Prodi em meio a uma crise no Governo chileno

Se pudesse voltar atrás, possivelmente o presidente do Conselho de Ministros da Itália remarcaria sua visita ao Chile, segunda e última etapa de seu breve giro pela América do Sul. Mergulhado em uma crise político-administrativa-institucional, o Governo da presidente Michele Bachelet acabou de substituir quatro ministros, que tomaram posse nesta terça-feira (27), em uma cerimônia marcada pela emoção da chefe de Estado e pelo fim da equidade entre homens e mulheres em sua equipe. No centro da crise, o ministério dos Transportes deixou de ser comandado pela ministra Paulina Veloso, considerada o braço direito da presidente, mas que empurrou o transporte público chileno para um verdadeiro caos.

Sem maior destaque na imprensa, e inclusive nos noticiários oficiais, o primeiro-ministro italiano chegou pouco antes das 21 horas da noite desta terça-feira (27), vindo direto de Brasília. Após o desembarque, se dirigiu para a embaixada da Itália, onde manteve reunião com empresários, políticos e representantes do meio universitário. Os principais jornais chilenos têm em seus destaques as mudanças efetuadas pelo Governo. Pelo visto, os empresários se prepararam com mais atenção para a visita, com a realização de um seminário em que acenam com novos nichos de investimentos para os italianos (veja matéria veiculada na seção notícias nesta terça-feria (27). 

A programação de Prodi previa, para a manhã desta quarta-feira (28), uma participação em um seminário sobre a América Latina e Integração Regional, na Universidade Católica do Chile. Em seguida, se reuniu com a presidente Bachelet, ocasião em que propôs um intercâmbio comercial mais ativo entre os dois países, além de convidá-la para visitar a Itália.