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Tudo pronto para visita de Bush a Roma

Dez mil policiais e soldados foram mobilizados para a visita do presidente americano, George Bush, que chegou nesta quinta-feira à noite à capital da Itália.

Bush vai participar de eventos marcando o 60º aniversário da liberação de Roma dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com o correspondente da BBC em Roma, Clive Myrie, esta é uma importante viagem de Bush à Europa, pois ela representa uma oportunidade de pedir apoio à proposta de resolução apresentada por americanos e britânicos no Conselho de Segurança da ONU estabelecendo a soberania iraquiana.

Mas Myrie disse que recentes imagens de italianos mantidos como reféns no Iraque reforçaram a oposição de muitos cidadãos da Itália à ofensiva militar em território iraquiano.

Protestos

Manifestantes contrários ao envolvimento militar americano no Iraque prometeram realizar manifestações na cidade, coincidindo com a visita do presidente. A expectativa é que eles se concentrem no centro de Roma bloqueando ruas e tentando romper cordões de isolamento e barreiras erguidas para proteger Bush.

O líder americano deve ir ao centro da capital italiana para depositar uma coroa de flores em um memorial das vítimas de um massacre realizado por nazistas na Itália.

“Nós vamos atrapalhar esta visita porque nós pretendemos exercer nosso direito como cidadãos, porque esta cidade rejeitou a guerra durante todo o ano e esta cidade não tem mais nada a fazer a não ser rejeitar este líder de guerra”, disse um manifestante italiano.

O Departamento de Estado americano advertiu cidadãos americanos quanto ao potencial de violência na cidade. Em uma nota, o Departamento diz que “A embaixada dos Estados Unidos aconselha americanos a evitar áreas nas quais multidões vão se reunir. Não se espera que todas as manifestações sejam pacíficas”.

Normandia

Nesta sexta-feira, o presidente americano irá se encontrar com o Papa, com o qual deve discutir a situação no Oriente Médio e a guerra no Iraque, à qual o sumo pontífice manifestou oposição. O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, com o qual Bush também se reúne durante a visita, é um aliado fiel dos Estados Unidos no Iraque e enviou 2,9 mil soldados italianos para o país. Ele recentemente recebeu o apoio do Parlamento para manter as tropas italianas no Iraque, apesar dos apelos para que os soldados fossem autorizados a voltar para casa.

Depois da visita à Itália, Bush viaja para a França – onde vai estar presente, no domingo, à comemoração dos 60 anos do chamado”Dia D” - como ficou conhecido o desembarque americano na Normandia (região no noroeste da França), durante a Segunda Guerra Mundial.

Na Normandia, o esquema de segurança para visita de Bush e de outros 16 chefes de Estado e de governo presentes será ainda maior. Trinta mil policiais e outros agentes de segurança devem ser mobilizados, incluindo 12 mil soldados do Exército francês.