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Artes e etnias: as marcas que ficaram

Percival Tirapeli, livre-docente do Instituto de Artes (IA) da Unesp, câmpus de São Paulo, onde também coordena o programa de extensão Barroco Memória Viva, vai ministrar o curso “São Paulo – Artes e Etnias”, no auditório do Instituto do Legislativo Paulista (ILP). Gratuitas, as aulas ocorrem a partir desta terça-feira (27), 28 e 29 de novembro, das 14 h às 16 h. As inscrições podem ser feitas na página do ILP, que pode ser acessada em www.al.sp.gov.

O curso tem origem no livro homônimo de autoria do professor do IA, que além de acadêmico e especialista em arte sacra, é artista plástico, pintor e autor de diversos livros sobre arte. Curador de numerosas mostras de arte e eventos artísticos, já ministrou conferências em universidades da Espanha, Noruega, México e Argentina.

No livro São Paulo: artes e etnias, publicado em conjunto pela Editora UNESP e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Percival Tirapeli estuda como as mais diversas etnias contribuíram para erguer diferentes tipos de edifícios em todo o município. Ele traça um completo panorama sobre a arte e a arquitetura da Capital paulista.

O assunto São Paulo é desenvolvido ainda por aspectos físicos e geográficos, trazendo informações sobre parques, mananciais, distribuição étnica e roteiros do Centro. Temas como a natureza, as nações indígenas, as bandeiras paulistas, arte e fé e, principalmente, os imigrantes são cuidadosamente tratados. Desse modo, somos conduzidos pela riqueza imagética de escravos africanos, de portugueses, espanhóis, ingleses, alemães, franceses, belgas e italianos, de gente da Europa Central e Oriental, do Oriente Médio, do Extremo Oriente e dos sul-americanos, em espaços como Memorial da América Latina.

Na parte III, estuda-se São Paulo sob três aspectos: artes e ciências; construção dos ismos; e construção da metrópole. É possível então verificar como São Paulo, além de ser o berço da Semana de Arte Moderna de 1922, abrigou numerosos artistas estrangeiros, principalmente oriundos da Itália, do Japão e do Leste Europeu, que deixaram, cada qual à sua maneira, marcas pela cidade.