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As formas inquietantes e repetidas de Fermariello aportam no Brasil

“Sou como um poeta que usa uma só palavra, um músico que usa uma só nota. Os meus guerreiros encarnam o arquétipo simbólico do lutador, recuperam o mito do herói: são a história da tradição e da cultura. São os nossos antepassados”.

A definição de Sergio Fermariello,  por ele próprio, pode ser averiguada a partir desta sexta-feira, quando o artista italiano, nascido em Napoles no primeiro ano da década de 60, apresenta, em 60 telas, formas essenciais, repetidas e inquietantes, em exposição no Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

No espaço projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer, Fermariello vai mais longe, com a construção de uma instalação com lâminas de aço, que remete aos movimentos de cardumes sobre a Baia da Guanabara.

Segundo Mario Franco, Fermariello nos acostumou, ao longo dos anos, à presença obsessiva dos seus guerreiros estilizados, formas essenciais e repetidas, inquietantes na busca constante da pura pista do signo e do gesto. Um gesto que recria signos arcaicos: o guerreiro como violência, a violência como inútil excedente de sentido em um mundo cansado e moribundo.

Informações

Data: domingo, 5 de julho de 2009 - segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Horários: de terça à domingo (10:00 às 18:00horas)

Local: Museo Arte Contemporânea MAC Niteroi - Rio de Janeiro

Organizado por: ArteaAs Nápoles - MAC e IIC

Em colaboração com: Prefeitura de Nápoles

Entrada paga (R$4) meia entrada (R$2, para estudantes com carteira e adultos brasileiros acima de 60 anos); grátis para crianças até 7 anos e para estudantes do ensino público até o 2º grau. Às quartas, entrada franca para o público em geral.