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Coronavírus, Itália reforça o controle em portos e aeroportos

Autoridades decidiram fortalecer os controles sanitários na Itália, após a piora do estado de saúde dos dois cidadãos chineses, originários da cidade de Wuhan, infectados pelo coronavírus e hospitalizados no Instituto Nacional de Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani, em Roma. 

Durante a reunião da força-tarefa do Ministério da Saúde, criada para conter o avanço do coronavírus, foi tomada a decisão, com a participação da Proteção Civil (Protezione Civile), de fortalecer, significativamente, o controle sanitário, nos portos e aeroportos da Itália. No aeroporto internacional Leonardo Da Vinci, também conhecido como Fiumicino, em Roma, corredores  sanitários e scanners térmicos estão sendo ativados, em todas as chegadas.

As condições clínicas dos dois chineses infectados, marido e mulher, hospitalizados no Spallanzani, pioraram. Informa o boletim médico, divulgado nesta terça-feira (05), que os enfermos "nas últimas horas, tiveram um agravamento das condições clínicas, devido a uma insuficiência respiratória". Conforme o texto, este tipo de percurso "é referido, nos casos relatados, até agora, na literatura".

Os médicos explicam que "os pacientes são monitorados continuamente e passam por todos os tratamentos, incluindo terapia com medicação apropriada, envolvendo antivirais experimentais". 

Até o momento, 26 pacientes receberam alta, após o resultado negativo do teste para a pesquisa do vírus. Atualmente, 11 pacientes sintomáticos, oriundos de áreas da China afetadas pela epidemia, estão hospitalizados. Todos passaram por testes para o novo coronavírus, que ainda estão em andamento. Quanto às pessoas que não apresentam sintomas e tiveram contato com o casal chinês infectado, 20 no total, elas continuam sendo observadas, porém estão em boas condições gerais de saúde.

Nesta segunda-feira (03), por volta das 10 horas da manhã, 57 italianos desembarcaram no aeroporto militar de Pratica di Mare, a sudoeste de Roma, em voo proveniente de Wuhan, a cidade chinesa de onde o novo coronavírus se espalhou. Todos foram submetidos a exames médicos e estão sendo acompanhados no alojamento instalado na cidadela militar de Cecchignola, onde ficarão, por 14 dias, em quarentena.