Fabio Porta e Andrea Matarazzo lançam candidatura em SP
A América do Sul é um dos colégios eleitorais no exterior, elegendo dois deputados e um senador. No Brasil, mais de 400 mil eleitores (italianos natos residentes no país e descendentes com cidadania) têm direito a voto.
No curto calendário da eleição italiana, que em 25 de setembro renovará o Parlamento, o Partido Democrático (PD) lançou a sua chapa válida para toda a circunscrição eleitoral da América do Sul, onde votam mais de 1,8 milhão de eleitores (430 mil no Brasil). O evento de apresentação dos candidatos Andrea Matarazzo (Senado) e Fabio Porta (Câmara dos Deputados) ocorreu nas dependências do Circolo Italiano, na cidade de São Paulo, na última sexta-feira (19).
A União faz a Força é o lema da campanha dos dois candidatos.
“A União faz a Força é o nosso lema. Este é o momento de unir a comunidade”, afirmou Fabio Porta, que busca seu quarto mandato consecutivo como parlamentar italiano. “O nome de Andrea é o que melhor representa essa união lembrando a força dos imigrantes que chegaram ao Brasil e aqui foram acolhidos”.
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Porta, ao finalizar seu discurso, se dirigiu aos eleitores com uma mensagem bastante objetiva: “Quero dizer aos amigos não só do Brasil, mas de toda a América do Sul: vamos nos unir apoiando as melhores competências. Sabemos que, infelizmente, por conta de fraudes eleitorais e interesses não democráticos, políticos e parlamentares se aproveitaram do cargo para fazer muita coisa, porém pouca política. Hoje é o momento de políticos sérios, competentes, como Andrea Matarazzo. que têm a italianidade no sangue. Aceitei a concorrer à Câmara, sabendo da importância de ter ao lado Matarazzo para o Senado e poder dar continuidade ao meu trabalho no Parlamento, que é aquilo que tenho a oferecer”.
Matarazzo vem de uma família de imigrantes (região da Campania), que deixaram importantes legados no desenvolvimento industrial e apoio às artes e cultura no Brasil. Ao se dirigir aos presentes no salão do Circolo Italiano, ele ressaltou o diálogo como chave na construção da chapa com Fabio Porta. “É uma grande honra ter recebido o convite para concorrer ao Senado. Eu e o Porta, sempre dialogamos, independentemente do polo político onde estamos. Esse é o momento onde, mais do que nunca, a nossa união tem de estar acoima da questão ideológica em benefício da Itália e da comunidade italiana fora da Itália”, disse o candidato do PD. “Nós como descendentes de imigrantes, não podemos em hipótese alguma apoiar governos que são contra os imigrantes. Como pessoas modernas, italianos que moramos na América do Sul e, portanto, entendemos que o mundo é uma coisa integrada, não podemos ser contra a permanência da Itália dentro de União Europeia forte, com uma Itália forte dentro do bloco .Essas bandeiras é que nos uniram, Porta e eu”.
Assim como Porta, Matarazzo chamou a atenção para a necessidade de adesão em massa ao processo eleitoral se, de fato, a comunidade italiana quiser ter no Parlamento representação competente, democrática e progressista. “A cidadania é muito mais do passaporte que todo mundo faz tanta questão de ter. Cidadania italiana é a nossa origem, a nossa história, o heroísmo dos nossos antepassados, que construíram esse país. Temos de lembrar disso todos os dias. E temos de conversar com nossos amigos com cidadania e dizer que é preciso votar”.
Hoje, somente 30% dos italianos e descendentes com cidadania residentes no Brasil costumam votar. Daqui a pouco o governo da Itália questionará gastar tanto dinheiro para só 30% de quórum”, finalizou Matarazzo.
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