Itália levará crise de refugiados para Conselho de Segurança da ONU
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, anunciou, nesta segunda-feira (09), que levará o tema da imigração e da crise de refugiados ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), organismo ao qual Roma ingressou como membro não-permanente no último dia 2.
O número de imigrantes que chegou à Europa através da rota central do Mediterrâneo, que leva à Itália e a Malta, cresceu 20% em 2016 com um total de 181 mil pessoas, anunciou a agência da União Europeia para Controle de Fronteiras, a Frontex. O total é o maior já registrado na história e quase a totalidade desses estrangeiros se dirigiu para o território italiano.
"Hoje colocamos os pés no Conselho de Segurança da ONU e inseriremos na agenda mundial de paz e segurança as questões que consideramos prioridade, começando pela crise no Mediterrâneo", disse o chanceler antes de partir em um voo para Nova York. "A Itália pode desempenhar um papel importante para dar mais intensidade a este tema", comentou.
A Itália entrou para o grupo de membros não-permanentes do Conselho de Segurança, formado por China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. O país foi eleito em junho de 2016, após ter feito um acordo com a Holanda para dividir a cadeira no biênio 2017-2018 - Amsterdã substituirá Roma no Conselho no começo do ano que vem.
Localizada no Mar Mediterrâneo, a Itália é uma das principais vias de entrada para a Europa de imigrantes vindos do Norte da África e do Oriente Médio.
Desde 2010, o número na chegada de africanos à Itália aumentou 10 vezes. Em números totais, foram 503,7 mil imigrantes que atravessaram ilegalmente as fronteiras europeias, sendo que 364 mil fizeram esse caminho através do Mar Mediterrâneo. As chegadas mostram uma exponencial queda, já que, em 2015, mais de um milhão de pessoas fizeram essa travessia.
Nos últimos anos, o país sofreu um uma intensa chegada de estrangeiros e fez constantes apelos para a União Europeia adotar medidas de responsabilidade compartilhada na crise. (Com informações da Agência Brasil)
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