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Italianos, convocados por sindicatos, fazem protesto contra austeridade fiscal

Centrais sindicais da Itália - Cgil, Cisl e Uil - convocaram, nesta segunda-feira (12), uma paralisação geral nas últimas três horas dos turnos de trabalho. Sem acordo entre sindicatos e governo, as centrais convocaram o protesto contra as medidas de austeridade adotadas pelo governo italiano para tentar vencer os impactos da crise econômica internacional. Segundo os sindicalistas, apesar da chuva e do frio, milhares de pessoas participaram, em Roma, na Piazza Montecitorio, e em frente às prefeituras de cidades de diversas províncias do país. Está prevista, para esta terça-feira, uma nova manifestação, em Roma, com uma caminhada, da praça da Rotonda ao Pantheon.

Os sindicatos cobram que o plano de austeridade não prejudique as atuais aposentadorias nem reajuste os valores dos impostos sobre bens imobiliários. O plano de austeridade deve ser aprovado pelo Parlamento até o Natal. O plano é formado por um grupo de medidas que incluem redução do déficit em aproximadamente 20 bilhões de euros e ações de estímulo para a economia, no valor de 10 bilhões, além dos cortes.

Especialistas dizem que, se as reivindicações forem atendidas, o Estado perderá cerca de 5 bilhões de euros. Pela proposta do governo, o funcionalismo público vai sofrer cortes e as tarifas serão reajustadas. Mas as centrais sindicais avaliam que a proposta não é equilibrada e defendem que os ricos paguem mais impostos pelas propriedades e pelos bens de luxo.

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disse que aos dirigentes sindicais que a situação é de emergência e que é necessário o sacrifício de todos. Apesar do descontentamento dos italianos com o plano de austeridade, o governo pede que a população compre títulos do Estado na tentativa de aliviar a dívida pública.