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Tecnologia italiana no tratamento do lixo de Sergipe

Representantes de órgãos do governo de Sergipe e de entidades de pesquisa conheceram, no final da última semana, a proposta da empresa italiana Promeco, especializada no desenvolvimento de tecnologia e de equipamentos na área de tratamento de resíduos sólidos, industriais e urbanos. A iniciativa visa a adoção, no estado, do tratamento do lixo urbano em substituição aos aterros sanitários.

De acordo com o secretário-adjunto do Meio Ambiente, Marcos Santana, o objetivo da reunião foi conhecer novas tecnologias na área de resíduos sólidos. "Fizemos um convite extensivo a instituições e órgãos públicos do Estado, por entendermos que é a proposta apresentada é uma janela aberta para o conhecimento das novas tecnologias de trabalho nessa área", explicou.

De acordo com o diretor-executivo da Solução Ambiental, parceira da Promeco no Brasil, Álvaro Martins Calvão, a proposta de uso de tecnologia avançada para implantação de usinas de triagem e compostagem de dejetos dá um aproveitamento total de 95% do lixo que é processado na usina. "O aproveitamento é o maior possível. Na parte orgânica, a utilização vai para a agricultura e a energia, através do biogás produzido no processo do lixo", afirmou. Segundo ele, parte do lixo inorgânico que é desprezado por catadores, a exemplo de sacolas plásticas de supermercado, é utilizada pela usina na produção de briquetes, material com a mesma resistência da madeira.

De acordo com Martins, os aterros sanitários são uma alternativa não mais utilizada nos Estados Unidos e na Europa, em vista da sua vida útil de 15 a 25 anos, e da necessidade dos mesmos ocuparem extensas áreas, com um custo elevado de implantação e de operação, além de não gerarem receita. "A proposta trazida pela Promeco vai desde o fornecimento do projeto até a operação global da usina", explicou.

Participaram do encontro os italianos Cudine Renato e Carsatelle Gianni, técnico e responsável, respectivamente, pela usina no Brasil, além de representantes da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), da Companhia de Saneamento (Deso), da Universidade Tiradentes (Unit), da Faculdade Pio X, da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Prefeitura de Ribeirópolis, entre outros.