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Allawi se estremece com UE

O premier interino do Iraque, Iyad Allawi, tentou acalmar os ânimos europeus, na sexta-feira, depois de ter dito que os países contrários à guerra liderada pelos EUA eram ''espectadores'' da situação.

Vários líderes da União Européia (UE) afirmaram que o comentário, feito em Roma, na véspera do primeiro encontro em que o bloco econômico  lhe ofereceria um modesto pacote financeiro, não ajudava.

- O que o passado é passado. Precisamos dar início a novas operações, a um novo capítulo, e temos que olhar para o futuro. Definitivamente, queremos selar uma aliança positiva com a Europa - disse Allawi, depois de um encontro com o premier britânico, Tony Blair.

- Não gosto da expressão ''países espectadores''. Não a entendo, e se a entendo corretamente, não gosto nem um pouco - retrucou o chefe de Estado de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker.

Já o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, disse que lembraria a Allawi sobre a contribuição da Alemanha no treinamento da polícia iraquiana e de militares nos Emirados Árabes, além do perdão de parte da dívida.

O presidente francês, Jacques Chirac, não deve mais se reunir com Allawi, apesar de dizer que não é por problemas com a autoridade.

A ajuda da UE, de US$ 21 milhões, pretendia acabar com as desavenças dentro do bloco sobre a guerra e abrir as portas para nova fase de cooperação com os EUA.