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Berlusconi e Veltroni em campanha

Foi dada a largada para mais uma campanha eleitoral na Itália, que culminará com a escolha do 62º  governo pós-segunda guerra. Na sábado, em Milão, o ex-premier Silvio Berlusconi, 71 anos, lançou com a sua peculiar energia e desenvoltura o apelo com o qual pretende  sensibilizar e manter a preferência do eleitorado, conforme as pesquisas de opinião: Itália, levanta-te. Já no domingo, em Perugia, Walter Veltroni, prefeito de Roma, deu início à caminhada solo do Partido Democrático, destacando que a agremiação surgiu para unir a Itália e prometendo reduzir os impostos e aumentar os salários.

À frente do Povo das Liberdades, Silvio Berlusconi, o homem mais rico da Itália, e o único que conseguiu terminar um mandato, completando cinco anos no poder, desde que perdeu as eleições de 2006, por uma estreita margem de votos, trabalhou obsessivamente para reconquistar o posto de primeiro-ministro. Com a queda de Romano Prodi, resistiu à proposta de uma reforma eleitoral que antecederia as eleições. E obteve sucesso. Agora, busca unir todas as forças de centro-direita para confirmar a preferência que as pesquisas de opinião lhe conferem.

Já Walter Veltroni ousa ao decidir que o Partido Democrático, que reúne ex-comunistas da Democracia de Esquerda e integrantes do Margherita, vai concorrer sem coligação. A idéia é não tentar repetir o caos da coalizão de centro-esquerda que apoiou Prodi e que, ao final, foi determinante para a sua derrocada. 

Terá um difícil caminho pela frente, já que as pesquisas indicam estar quase 20 pontos atrás do grupo de Berlusconi. Em seu pronunciamento, Veltroni foi enfático ao afirmar que é a política que deve levantar-se e não a Itália. Na sua opinião, a política italiana deve mudar, porque é apenas um meio e não um fim. Na próxima semana, Veltroni apresentará a plataforma programática do PD.