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O bilinguismo protege contra o mal de Alzheimer

A habilidade de falar duas línguas também parece ajudar na recuperação de um derrame e melhorar as funções cognitivas das crianças, que também ficarão mais lúcidas quando forem idosas.

Sempre ao aprender alguma coisa, leva-se tempo para a adaptação à nova tarefa porque o cérebro é menos flexível do que se imaginava e precisa fazer um trabalho de reorganização neuronal completo. É o que afirma estudo publicado na Nature Neuroscience, por Aniruddh Galgali e Valerio Mante, da Universidade de Zurique. 

No entanto, como apontou Stefano Cappa, da Universidade de Pavia, há quem tenha a sorte de encontrar um atalho cognitivo para manter um cérebro mais elástico: quem fala duas línguas afasta a demência de Alzheimer e se recupera mais cedo de um derrame. 

Na prática, usar duas línguas desenvolveria uma espécie de reserva cognitiva com a qual se oporia à perda fisiológica de neurônios, o que ocorre ao longo dos anos. 

A notícia não é nova, mas o imprimatur da SIN, a Sociedade Italiana de Neurologia, confirma ainda mais os muitos estudos sobre o assunto que ocorreram na última década, a começar pelo Rotman Research Institute de Baycrest e pela York University, no Canadá, onde muitas pessoas falam inglês e francês fluentemente, um legado das guerras de colonização do século XVIII entre as duas metrópoles da França e da Inglaterra. Publicado na Neurology em 2010, estudo já indicava que, naqueles que falavam as duas línguas, a demência de Alzheimer ocorria em média 5 anos mais tarde do que nos que falavam apenas uma, sem diferenças entre homens e mulheres e independentemente do tipo de atividade e do nível de escolaridade. (Fonte: Corriere della Sera - Leia aqui a notícia completa)