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Astronauta italiano revela que Europa pretende enviar nave tripulada a Marte

Em entrevista concedida ao setor de imprensa do Parlamento Europeu, o eurodeputado italiano Umberto Guidoni, ex-astronauta, defende a necessidade de o continente ter seu acesso independente ao espaço,  o turismo espacial e revela que a Agência Espacial Européia elabora plano que inclui a possibilidade de enviar astronautas a Marte. Guidoni foi entrevistado por ocasião do décimo aniversário da Estação Espacial Experimental, onde foi o primeiro astronauta europeu a trabalhar.

Os chineses vão à lua e os americanos estão  conquistarndo Marte. O que resta aos europeus? Explorar a Terra?

"A Europa desempenha atualmente um papel importante na construção da estação espacial internacional e há apenas alguns meses inauguramos o laboratório europeu Columbus, que foi um grande sucesso.
 
Depois de completar a estação espacial internacional, é verdadeiramente importante utilizá-la. Penso que a Europa está bem equipada para retirar os maiores benefícios possíveis dos três laboratórios internacionais em funcionamento. O próximo passo para nós, europeus, será a construção de uma nave capaz de enviar astronautas europeus para o espaço. Até agora não dispusemos dos recursos financeiros necessários, nem da vontade política para o fazer.
 
Até este momento temos sido basicamente hóspedes dos programas espaciais dos Estados Unidos da América e da Rússia. Mas o aparecimento de outros países, como a Índia e a China, faz com que seja mais importante do que nunca que os europeus tenham um acesso independente ao espaço. Devemos investir mais em investigação e tecnologia espacial de forma a desenvolver uma indústria capaz de competir com parceiros internacionais como a Índia e a China.
 
A Agência Espacial Européia está elaborarando um plano de ação que inclui a possibilidade de enviar astronautas europeus a Marte. No entanto, julgo que isso não será possível sem a cooperação internacional, mas antes de mais nada temos que demonstrar a nossa capacidade tecnológica para o fazer".
 
No dia 14 de Novembro, a República Checa tornou-se o 18° Estado-Membro da Agência Espacial Européia, o primeiro dos 10 países que aderiram em 2004 a fazê-lo. Em que medida podem os Estados-Membros contribuir para a Agência Espacial Européia?

"Estou particularmente satisfeito com a participação da República Checa na Agência Espacial Européia, porque tem tradição e conhecimentos neste domínio. Por falar nisso, o primeiro europeu a viajar para o espaço foi um checo e penso que os outros países que aderiram à União Européia recentemente deveriam seguir o exemplo. O negócio do espaço tem de ser internacional".
 
O que pode a Agência Espacial Europeia fazer pelos cidadãos europeus e como pode o Parlamento Europeu justificar gastos adicionais com a investigação espacial?

"As células de combustível são apenas um exemplo da importância que a investigação espacial pode ter quando falamos de proteção ambiental e de fabricar novos carros que não utilizem combustíveis fósseis. As células de combustível foram inventadas nos anos 60 para o programa Apollo e permitiram produzir eletricidade a partir de hidrogenio e de uma reação química específica, de uma forma extremamente compacta. Mas esta tecnologia continua a ser demasiado cara para ser comercializada.
 
Uma segunda resposta passa pelo conhecimento e pela exploração, que não têm preço. Cristóvão Colombo também teve muita dificuldade em encontrar patrocinadores para a sua viagem marítima e a verdade é que as suas descobertas mudaram a história da humanidade. Não sabemos o que vai ser do planeta Terra daqui a 200 anos: podemos ter colônias em Marte ou em qualquer outro planeta e isso poderá mudar definitivamente o curso da história humana".
 
Gostaria de dirigir uma agência de viagens espaciais?

"Penso que o turismo espacial é uma boa idéia. As pessoas querem ir ao espaço porque estão fascinadas com a idéia e porque a paisagem é espectacular. Estas viagens também são úteis na medida em que permitem constatar até que ponto a Terra é frágil, quando vista do espaço. Uma viagem ao espaço pode ajudar as pessoas a compreender melhor e a ter mais interesse pelas questões ambientais. No entanto, existem algumas restrições técnicas, porque ainda que estejamos dispostos a pagar 200.000 euros para entrar em órbita, poderemos não ter um ano disponível para a preparação da viagem. Serão necessários cerca de cinco anos, até à abertura da primeira agência espacial comercial".
 
Quando será a sua próxima missão em órbita?

"Fiz duas viagens em dez anos, mas a nave está a chegar ao fim e o nosso tempo também. Em 2010 aterrará para sempre e a nova nave atualmente em construção terá novos astronautas, pelo que decidi voltar à Europa e encontrar novos desafios na cena política

L'Europa ha bisogno di un accesso indipendente allo spazio

In occasione del decimo anniversario della Stazione Internazionale Spaziale abbiamo intervistato l'astronauta italiano Umberto Guidoni, nonché deputato al Parlamento europeo, che ha condiviso con noi la sua passione per lo spazio e ci ha anche suggerito una vacanza un po' spaziale..

I cinesi stanno andando sulla Luna, gli americani su Marte e gli europei?
 
L'Europa ha un ruolo molto importante nella costruzione della stazione internazionale spaziale (SSI). Appena un mese fa abbiamo inaugurato un laboratorio europeo, Columbus, che si é rivelato un vero successo e poco dopo abbiamo lanciato la prima nave da carico automatica per la stazione, un veicolo di trasferimento battezzato Jules Verne. Una volta terminata la stazione spaziale l'importante sarà utilizzarla. L'Europa dispone di attrezzature e organizzazione tecnica, la prossima tappa sarà quella di costruire un veicolo in grado di trasportare gli astronauti europei nello spazio. Fino ad ora non abbiamo avuto risorse finanziare sufficienti e neppure un sostegno politico forte per realizzare questi ambiziosi progetti.
 
Fin ora abbiamo rivestito il ruolo di partecipazione a programmi spaziali di altri paesi quali Russia e Stati Uniti. Con l'arrivo della Cina e dell'India sul mercato aerospaziale é diventato sempre più importante e inevitabile che anche l'Europa abbia un suo accesso indipendente allo spazio. Dobbiamo investire di più nella ricerca e nella tecnologia per poter tener testa alla concorrenza di questi nuovi paesi.
 
L'ESA ha preparato una specie di tabella di marcia che include tra l'altro la possibilità per gli astronauti europei di sbarcare su Marte. E' evidente che non possiamo portare a termine questo progetto senza beneficiare di una cooperazione internazionale. Per essere però credibili a livello internazionale, dobbiamo prima dimostrare di essere tecnologicamente in grado di assicurare la riuscita di intrepidi progetti.
 
La Repubblica Ceca, qualche settimana fa, é diventata membro dell'ESA. In che modo un nuovo paese membro dell'Unione Europea può contribuire alla politica spaziale europea?
 
Sono molto contento che la Repubblica Ceca sia diventata membro dell'ESA. A dire il vero, il primo europeo ad andare nello spazio é stato proprio un ceco. Credo che anche gli altri paesi che hanno raggiunto recentemente l'Unione europea, dovrebbero partecipare alla politica spaziale europea. Lo spazio ha una valenza e un interesse internazionale.
 
La politica spaziale europea che incidenza ha sulla vita quotidiana dei cittadini europei? In che modo il Parlamento europeo giustifica le spese aggiuntive programmate per finanziare questa politica?
 
Le cellule combustibili sono uno degli esempi che dimostrano l'importanza della ricerca spaziale e di come questa incida su settori importanti quali per esempio la protezione dell'ambiente e la costruzione di automobili più pulite. Le cellule combustibili furono inventate negli anni 60 per il programma APOLLO. Esse rappresentavano un mezzo compatto per produrre energia usando l'idrogeno mescolato a una reazione chimica speciale. Questa tecnologia é tuttora troppo costosa per essere commercializzata, ma chi sa che un giorno non vengano trovate delle soluzioni per trasformare l’energia del sole o quella nucleare in idrogeno in modo efficace con rese energetiche cosi elevate da rendere molto conveniente l’uso di questo gas non inquinante.

Per rispondere alla seconda domanda, dico solo, che la conoscenza e l'esplorazione non  hanno prezzo. Anche Cristoforo Colombo ha avuto molte difficoltà per trovare degli "sponsor" al suo viaggio verso la scoperta dell'America. Oggi noi non siamo in grado di immaginare come sarà il mondo tra 200 anni, forse ci saranno delle colonie sul pianeta Marte o su un altro pianeta e conoscere queste possibilità può cambiare il corso della nostra storia.
 
Il Trattato di Lisbona introdurrà la politica spaziale tra le competenze dell'Unione Europea, (art 189). Il Parlamento e il Consiglio, in co-decisione, definiranno il contenuto di un programma spaziale europeo.
 
E' vero che vuole creare un'agenzia di viaggi.. spaziali?
 
Il turismo spaziale è un'ottima idea. Le persone sono sempre più affascinate dallo spazio e dalla vista mozzafiato che si ha della Terra da lassù. Un viaggio spaziale potrebbe essere l'occasione per rendersi conto della fragilità del nostro pianeta. I problemi ambientali che abbiamo sono molto più evidenti se visti dallo spazio.
 
Creare un'agenzia di viaggi che organizza "soggiorni spaziali" é però molto difficile da un punto di vista tecnico e pratico. Per viaggiare nello spazio bisogna sottoporsi a una fase di preparazione che può durare anche un anno. Non credo che ci siano tante persone disposte a dedicarsi a questa lunga fase preparativa ante viaggio. Tra 5 anni forse ne riparleremo..
 
Quando ripartirà per lo spazio?
 
Ho fatto due missioni nello spazio in dieci anni. Lo Shuttle con cui avevo compiuto il mio primo volo é alla sua fase finale di vita e forse anche noi stiamo diventati un po' fuori moda. Si sta costruendo un nuovo modello di Shuttle che servirà a nuovi astronauti, con nuove capacità ed esperienze necessarie per pilotarlo. Io ho deciso di mettermi alla prova su altri terreni.. come quello dell'arena politica.

Umberto Guidoni

Eurodeputato del gruppo confederale della Sinistra unitaria europea, fu il primo astronauta europeo a far parte dell'equipaggio per le operazioni a bordo della Stazione Spaziale Internazionale.

Ha effettuato Il suo primo volo nello spazio nel 96, a bordo della navetta spaziale Columbia. Dal 1998 al 2004 ha fatto parte del Corpo Astronauti Europei dell'ESA (Agenzia Spaziale Europea).

Dal luglio 2004 è membro del Parlamento Europeo e fa parte della Commissione Industria, Ricerca ed Energia (ITRE), e del Controllo del Bilancio.