JMJ: Prefeitura do Rio apresenta esquema de mobilidade
A prefeitura anunciou, nesta terça-feira (16), o esquema especial de mobilidade para a visita do papa Francisco à cidade, de 23 a 28 deste mês. O transporte público será reforçado, mas será preciso caminhar até três horas, por 13 quilômetros, para ver o pontífice. São esperados 800 mil turistas e um público de 1,5 milhão de pessoas nas solenidades com a presença do papa nos dias 25 e 26, em Copacabana, na zona sul, e no dia 28, em Guaratiba, na zona oeste.
"Tudo é preocupante. Fazer um evento desses, imaginar que Copacabana terá um evento equivalente a um show de Natal [missa de abertura, dia 23] e a dois réveillons [chegada do papa e Via Crucis, dias 25 e 26] e, na mesma semana, quando você acha que pode descansar, tem outro réveillon em Guaratiba. Isso exige um esforço enorme”, disse o prefeito Eduardo Paes.
Para organizar a chegada e a saída dos eventos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre os dias 23 e 28, haverá interdições no trânsito e será proibida a circulação de ônibus com turistas na cidade. São esperados 10 mil veículos, que serão cadastrados pela Polícia Rodoviária Federal, ainda nas estradas, ao chegar ao Rio, que terão estacionamento e percurso preestabelecidos. Os demais ônibus, fretados por condomínios e de linha fixa, não serão afetados.
Com as interdições no trânsito, o grande desafio será o acesso e a dispersão do público dos eventos. A prefeitura pede que os peregrinos usem somente o transporte público, como o metrô, para chegar a Copacabana, e o trem, para ir a Guaratiba. Porém, antecipa que pontos de desembarque no entorno dos bairros serão obrigatórios e as pessoas terão que andar a pé para chegar às missas. Em Guaratiba, serão 13 quilômetros, o equivalente a três horas de caminhada.
“A recomendação é usar sapatos confortáveis, roupas leves, não carregar muito peso e estar preparado para fazer esse trajeto [13 quilômetros], cada um no seu tempo. Essa é a distância média do Recreio, de Santa Cruz e de Campo Grande ao Campus Fidei [local da missa final]”, aconselhou o secretário de Transportes, Carlos Osório. Ele estima que a dispersão da celebração levará dez horas.
O prefeito Eduardo Paes se desculpa pelo transtorno à população e pede que os cariocas entendam a importância do evento e sejam hospitaleiros. De legado para a cidade, ele anuncia a ampliação de 8 para 17 do número de quiosques de atendimento ao turista e a instalação de 4 mil postes e banners de sinalização. Mapas e guias de turísticos também serão distribuídos aos turistas.
A prefeitura não antecipou o montante de recursos serão aplicados na Jornada Mundial da Juventude. Eduardo Paes prometeu divulgar gastos com limpeza urbana, saúde e segurança depois do evento.
Durante a jornada, os táxis vão rodar com bandeira 2. Para pegar o metrô, os bilhetes deverão ser adquiridos com antecedência. Apesar dos feriados parciais nos dias 23 e 29 e integrais nos duas 25 e 26, o comércio, os transportes e as unidades de saúde devem funcionar normalmente. (Agência Brasil)