RJ estuda financiamento para vinicultura pelo programa Frutificar
A produção de uvas está despontando como uma nova alternativa para os produtores do Norte e Noroeste fluminense. Motivados pelos resultados alcançados por alguns empreendedores pioneiros, produtores levaram a demanda para a Secretaria de Agricultura do Estado para que a vinicultura seja incluída no rol de culturas contempladas pelo Frutificar, programa de fomento da fruticultura no Rio de Janeiro. Segundo o Coordenador de Programas Setoriais da secretaria, Ricardo Mansur, o governo do estado está sempre buscando alternativas que dêem maior rentabilidade ao produtor rural e, através do Frutificar, vem incentivando a diversificação de atividades no campo.
A presença das parreirais em escala comercial em terras fluminenses é relativamente recente. A iniciativa partiu do casal Antônio Brandão Figueira e Maria Célia de Castro Juannes, proprietários do Sítio Pioneiro, em Cardoso Moreira – Norte Fluminense, que iniciou o plantio da uva há cerca de 8 anos. No início cultivou uva Itália, mas com o tempo descobriu que a uva Rosada se adaptava melhor e introduziu a espécie Niágara-rosada.
– Temos 9 mil pés distribuídos em quatro hectares, e produzimos atualmente 10 quilos por planta, em duas safras. Nosso objetivo é perseguir a meta de alcançar, até 2011, a produtividade de 40 quilos, com manejo adequado, irrigação e uso de fertilizantes, afirma Brandão.
O americano Edward Charles Mckenna também aposta no cultivo da uva. Na propriedade localizada em Bom Jesus do Itabapoana – Noroeste Fluminense, iniciou o plantio de 3.000 pés de uva Niagara-rosada e uva Clara sem semente. A produtividade e a rentabilidade alcançada na primeira safra, bem como a facilidade de colocação do produto no mercado local, regional e até mesmo em estado vizinho, segundo ele, servem de estímulo a ampliação da lavoura.
– Com base nesses resultados, estamos analisando a inclusão da cultura no Frutificar, que hoje já atende cerca de 10 espécies de frutas diferentes, como abacaxi, coco, banana e pêssego - explica Mansur.
Na avaliação do coordenador do Programa, Norton Naldi Filho, a vinicultura poderá ter o mesmo desempenho alcançado com a produção de pêssegos na região noroeste.
- As condições de clima e solo são bastante favoráveis. As iniciativas de alguns produtores comprovam essa realidade - enfatiza.
Para tanto, a exemplo do realizado na constituição do pólo de produção de pêssego, a secretaria de Agricultura está articulando a realização de parcerias com as Prefeituras locais, Firjan, Ministério da Integração Nacional, Sebrae e Senar. A expectativa é desenvolver a vinicultura nos mesmos moldes. (Governo do Estado do RJ)
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